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sábado, 11 de novembro de 2017

Poesia - Numa Outra Voz/ Samuel Tenório


Sou brasileira, nordestina, mineira e
Única em todo planeta.
Guardo um desconhecido mundo
De inúmeras e inúmeras grandezas.
Sobrepujei tempo de glória,
Meu fim, meu fim,
Do último segundo, o fim!
Nem avisto o quanto resta de mim.
O meu corpo hipocondríaco
Está presente no Pernambuco,
Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Sergipe, Alagoas,
Bahia, Piauí e Norte de Minas Gerais.


Tanta e tanta lágrima não satisfaz…

Na tentativa de sobreviver
O agudo vibrante querer
Perde validez da minha existência
Extravagante e vasta eloquência
Luto contra uma doença incurável
Arranca minha pele, membros, cabelo
Para servir de combustível na indústria
Por mais que imploro, assisto a
Destruir o meu corpo, a desertificação.
Desmesurada e viva branquidão
Pra os desavisados, eu estou morta
Quando a chuva mim banha
Revivo outra vez o espelho verde.

Você sabe quem eu sou?

Fui batizada de Caatinga
Pelo povo tupi-guarani.
Mas, não sei até quando vou resistir
Esses que são poucos, continuar a insistir
Morrerei, com as espécies únicas.
Nesta voz não minha demando
SOCORRO! não mais comando
Minha própria liberdade
Sobra-me resquício de felicidade.
Nunca peço nada a ninguém
Sempre desejei o bem
Mas, agora te peço resíduo poder,
Não, não, não mim deixa morrer.

Escritor Samuel Tenório
02 de setembro de 2016



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