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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Poesia - Uma Folha Em Branco!/ Samuel Tenório





Uma folha em branco sobre a mesa
Caneta correndo entre os dedos,
E um maravilhoso infinito
É o que tenho para escrever!
No espanto da alegria
Das muitas possibilidades
Vai pulsando feita a magia
Ensaio minuciosamente um grito
Em tom de uma mansa liberdade
Quando na imaginação vou perceber
O tempo se passou! Esbarro na mediana
Nada mais adianta.


Escritor Samuel Tenório
20 de julho de 2016






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domingo, 19 de novembro de 2017

Poesia - Cadáveres Insepultos: Retrato Da Ditadura Militar No Brasil (1964-1985) / Samuel Tenório



Na noite mansa procuro o sono distante
De súbito escuto o altivo grito relutante
Do vovô… norteado na luz do dormitório
O vejo sentado entreolhando os dedos
Ao tremor do fatigado corpo os medos.
“Não, não aguento… mais um interrogatório”.

O abraço com o intuito de confortar
Involuntariamente se faz a apertar
O meu pescoço com força rigorosa,
É notório que o pesadelo o amargura
O tempo deixou inexorável gravura
Na desvalha singular de noite perigosa.

Meu neto… eu estou sozinho e perdido.
Por mais que tento esquecer sou rendido
Pôr as sóbrias lembranças do passado
Não gosto de falar o que aconteceu
Pois o meu filho castigado faleceu
Nas falanges avisto o sangue repousado.

Não tinha muito o que fazer
Rendidos perdemos o prazer
De viver. Homens apossados do poder
Dizia está livrando os brasileiros
Do comunismo, os males derradeiros
Afirmando de nunca nos ofender.

Antes fosse todo o mal nos advir
Não haveria do que se prevenir.
O discurso deles foi pervertido
Os filhos da terra torturados,
Mães e pais desesperados
Sentença do sofrer prometido.

O som do molho de chaves noticiava
A tortura de mais um. O guarda apreciava
Cada segundo a cumprir o dito trabalho
A única ordem de não matar fisicamente
“De resto não importa devaste a mente
Tire a informação sem cometer o ato falho”.

Todos nós nus para o primeiro exercício
Chutes no abdômen… Usando do seu artifício
Para os choques elétricos nas partes genitais
Vômito, urina, sangue… em quantidade
Exageradas. Movido de perversidade
Toma em consumar os anseios letais.

Nos mais e mais espancamentos
Resultando árduos sofrimentos
Demuda os corpos em outras cores…
Ideias em desordem se fazem insanos
Carência do alimento estes comem panos
Para as atrocidades somos sempre atores.

“O que foi filho? Falei por demais…
Devia seguir o conselho de jamais
Falar para ti. Tu tinhas 7 anos de idade
Passasse anos nos melhores tratamentos
Psicológicos, não existem mais fragmentos
Que o faça lembrar-se da atrocidade.

Ele cai de joelhos no piso de cimento.
“Não, não vovô… Antes tal ensinamento
Compilasse e sumisse o que avistei”.
As lágrimas escorrem sobre o rosto…
Eu fiz de tudo que mim foi proposto
Tudo em seus detalhes ainda eu sei.

Assisti as mães seres violentadas
Sexualmente com os pés e as mãos atadas
Depois exposta sobre o pau de arara.
Na vagina colocava baratas,
Piolhos, formigas e as insaciáveis ratas,
Com todo isso minha inocência tirara.

Mãe e pai mortos por não responderem
Quem era a Alcina, por que aterem
A dar tal resposta e garantir a existência?
Militantes nunca desistem da luta
A falta é uma infrequente conduta
Os planos conservados na consciência.

Filho! Alcina, Alcina, não existiram
Na militância, mas não desistiram.
Torturava-nos a fim de saber quem é
Hoje sei que o povo em insanidade
Luta nas forças abatidas por liberdade
Conectados na mais incessante fé.  

Meu avô… do mau eu sou o herdeiro
Nunca fui o meu ser verdadeiro
No corpo de criança já adulto
Noites tenho os pesadelos mais insanos
Relembrando os tristes feitos desumanos
De resto somos cadáveres insepultos.

Escritor e poeta: Samuel Tenório
26 e 27 de outubro de 2017



quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Soneto - Lua Flamejante/ Samuel Tenório


No despontar da lua flamejante
Revivo o nosso encontro, a luz,
Maior era você! de tudo nos conduz
No mar ignoto, sou um novo almirante.

Revelasse o que nunca podia imaginar
Sentir que estreava no palco da vida,
A testemunha do amor era a lua movida
No intercalar das falam juremos nos amar.

O amor real é um soma das partes
Tudo se faz em infindáveis descobertas,
Um estilo das mais puras e intensas artes.

Pressinto que minha presença te liberta
Não há como desfazer, somos ultra partes
O amor mais virtuoso sempre manifesta.


Escritor Samuel Tenório
14 de setembro de 2016




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sábado, 11 de novembro de 2017

Poesia - Numa Outra Voz/ Samuel Tenório


Sou brasileira, nordestina, mineira e
Única em todo planeta.
Guardo um desconhecido mundo
De inúmeras e inúmeras grandezas.
Sobrepujei tempo de glória,
Meu fim, meu fim,
Do último segundo, o fim!
Nem avisto o quanto resta de mim.
O meu corpo hipocondríaco
Está presente no Pernambuco,
Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Sergipe, Alagoas,
Bahia, Piauí e Norte de Minas Gerais.


Tanta e tanta lágrima não satisfaz…

Na tentativa de sobreviver
O agudo vibrante querer
Perde validez da minha existência
Extravagante e vasta eloquência
Luto contra uma doença incurável
Arranca minha pele, membros, cabelo
Para servir de combustível na indústria
Por mais que imploro, assisto a
Destruir o meu corpo, a desertificação.
Desmesurada e viva branquidão
Pra os desavisados, eu estou morta
Quando a chuva mim banha
Revivo outra vez o espelho verde.

Você sabe quem eu sou?

Fui batizada de Caatinga
Pelo povo tupi-guarani.
Mas, não sei até quando vou resistir
Esses que são poucos, continuar a insistir
Morrerei, com as espécies únicas.
Nesta voz não minha demando
SOCORRO! não mais comando
Minha própria liberdade
Sobra-me resquício de felicidade.
Nunca peço nada a ninguém
Sempre desejei o bem
Mas, agora te peço resíduo poder,
Não, não, não mim deixa morrer.

Escritor Samuel Tenório
02 de setembro de 2016



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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Poesia - A Figura Do Avô/ Samuel Tenório


Escrevo esta poesia
Pra ressaltar
Umas das fases da vida
Quem tem muito valor
Veja o que é ser avô.

Uma notícia boa
É ouvir de um filho:
Pai, o senhor é avô.
Esta palavra toa
Deslembra os cabelos grisalhos
Volta a ser criança.


Renova as lembranças
Ganha mais confiança,
Procura os atalhos
Para onde melhor
Se encaixar,
Quer mesmo brincar.

Passará os ensinamentos
Que a vida lhe reservou
No papel de pai e avô.
Agora já vingou
Soma um condutor
Aos tantos caminhos
Para não ficar sozinho.

A figura do avô, na família
É motivo de alegria,
Conduz a todos
Com suas histórias
Não há quem não se contagia
Nas palavras de simpatia.

Conta com exaltação
As histórias que vivera
Deita a mão no coração
Diz ao neto:
Eita tempo bom,
E de muita emoção.

Um avô é um pai segundo
Que tem muito a ensinar
Jovem sai ganhando
Em ouvir o avô
Com experiência
Carregada de consciência.

Aos netos com seus avós
Peço que não lhe falte respeito
O avô não tem preço,
Sabe de muito sem esforço
Diante da sociedade
Deve ser sempre eleito.


Escritor Samuel Tenório
28 de novembro de 2014





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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Poesia Da Vida Humana - A Existência Do Meu Eu! (Samuel Tenório)



Quero estar no vão momento perdido sobriamente
Então, sou eu que desejo, a escapatória da tortura
Invade no mato raso e denso, no óbice da loucura
Envolvo no mais sóbrio sentido da poderosa mente
A existência patética no mundo, sou eu mesmo.
O mal, não mais faz sentido desejá-lo na penitência
Que nos é herdada, escapa da nítida consciência
Das sujidades estou mais do que satisfeito
Sabendo o que me é renegado, o perfeito
Embolsa um sentido diferente da história.
Obsecro por a inexistente e frágil glória
Estreia do ser que desprende do casulo
Da ralé mais improdutiva, inda faço o cálculo
Tudo se vale e agradeço de joelhos dobrados
A limitada, agoniante e satisfeita existência.







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