Ela estar longe de mim
Tudo hoje é uma fração do fim
Apesar do meu doente desespero
Tenho uma incoercível felicidade
Facúndia o amor vive estável
Sigo acreditando no inevitável
Que tudo será apenas efêmero.
Numa voz rouca e descontínua
Preciso me expressar pra você
Cálculo os finitos dias em ti ver
Na sobra do tédio espero mais,
Espetáculo da estigmada vida
Em meu íntimo doente o jamais
Há tempos deixou de existir.
Muito me aconselha a desistir
De você, tão distante de mim
Fisicamente, mas, não escuto
Pois a tenho nos pensamentos
Todos os dias eu usufruto
Alegria impossível, e a tristeza
Recai no abismo profundo.
Dos mares descontínuos
A maré ganha nova fisionomia
No descansar de mais um dia
Forte acusado passa a ingênuo
Decompõe em um novo ser
Acredito, não é apenas um desejo
Por isso que nunca fraquejo.
Águas dos mares se renovam
Espetáculo tangido da natureza
Descobrimos o que comprovam
A indignação por descuido
O mais majestoso da pureza
Revela que juntos viveremos
… é o que sempre queremos.
Escritor e poeta: Samuel Tenório
26 de julho de 2016
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