Há borracha de várias cores
Sobreveio por quaisquer rigores
Está no mais culminante altar
Revelando um poder inigualável
Restrito passou-se a ser manipulável
Tenho o caminho livre para exaltar.
Impulsionada no vai e vem agoniado
A folha outra vez é um caminho guiado
Nos pensamentos daquele que escreve
Permanece um resquício dos traços
Visando outra forma, preenchendo espaços
O não aproveitado se rescreve.
Com o seu jeito encantadora
Ganha status de feitora
Nos dar uma paz de liberdade
Reduz tudo em nada, comovido
Tem-se olhar mais devido
Estreia o sentimento de ansiedade.
Trabalha em um conjunto inerente
A borracha e o lápis são parentes
Administrando com desenvoltura
Sobressai o mais sensacional
Apagando e escrevendo o natural
Aperfeiçoa a mais linda aventura.
O apagado ficou no passado
Pureza da borracha deixou avisado
O registro ainda está insatisfeito
Retém o trabalho de desconstrução
Todavia, somos rendidos a sua atuação
Outra vez escreve buscando o perfeito.
Ansiedade se revela no impulso
Escritor constrói no vibrante avulso
Transgrede no mais nivelado curso
Para situasse nas ideias desconectas
Bailando os sentidos se manifestas
Aposta tudo em único percurso.
O seu poder não há outro igual
Do quase bom se faz o sensacional
Com um olhar atento acha
Todos os equívocos, prepara
O lápis na mão e não para,
Esse é o poder da borracha.
Escritor Samuel Tenório
17 de setembro de 2016
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